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Pensar, também se ensina às crianças!

Pensar, também se ensina às crianças!

Para as crianças se desenvolverem como seres humanos é fundamental que aprendam a pensar. Na era da tecnologia e da imagem em que vivemos são muitos os estímulos recebidos que promovem uma atitude intelectual passiva nos mais pequenos. Dessa forma as crianças não se habituam a reflectir.

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Pensar é compreender e captar o significado do que se ouve e do que se lê. Pensar é reflectir e reconsiderar um assunto de diferentes pontos de vista. Pensar não é só aplicar os processos mentais lógicos. É também formular opiniões, ideias e tomar decisões próprias…

Os nossos filhos vivem numa época em que o acesso à informação é quase infinito. No entanto, as crianças começam a ser pessoas instruídas mas ‘’não pensantes’’. Podem memorizar todos os versos da obra de um poeta ou mesmo a tabela periódica contudo, serão incapazes de meditar e resolver um assunto da vida quotidiana.

Para ensinar as crianças a pensar é necessário não só a participação de educadores mas também dos pais (que devem ter maior importância nesta tarefa). Aqui ficam algumas dicas para ajudar nesse trabalho.

A leitura é indispensável

A leitura é uma das melhores maneiras para ensinar uma criança a raciocinar. A leitura, em conjunto com as conversas com os outros, é o que mais ajudará a despertar ideias na cabeça de uma criança. As histórias ajudam a desenvolver a imaginação e a pensar de noutras perspectivas. O interesse pela leitura pode ser incutido desde muito cedo. No mercado existe uma grande variedade de livros para bebés: livros para o banho, sistemas multimédia para aprender a ler, histórias, livros para ler e colorir, livros sobre diversos temas, revistas infantis, etc.

Conselhos para promover o gosto pela leitura

- É importante que os livros estejam ao alcance das crianças: na sala, no banho e no quarto.

- Leia às crianças desde pequenas.

- Leia diferentes livros durante a semana e aumente o número de leituras progressivamente.

- Utilize jogos com letras, palavras e abecedários.

- Ensine o seu filho a encontrar livros em livrarias ou bibliotecas adequados ao seu gosto e idade.

- Elogie o seu filho pelos livros que leu e mostre-lhe os progressos que fez e o que tem aprendido.

- Compre programas multimédia que reforcem as competências linguísticas das crianças. Os exercícios devem ser adaptados ao grau de desenvolvimento do seu filho e para além de leitura devem ser de linguagem e ortografia.

- Mostre interesse pelos livros que a criança lê e pergunte-lhe o que é que aprendeu e o que é que mais lhe chamou à atenção. Faça perguntas sobre as histórias que o seu filho está a ler, por exemplo: Como é que o cavaleiro pode sair do castelo? Etc.

- Leve sempre algum livro consigo para que a criança possa aproveitar o tempo de espera, por exemplo enquanto aguarda por uma consulta.

- Incentive o seu filho a ler para os irmãos ou familiares mais novos.

- Não se esqueça de levar livros quando vão de férias.

- Incentive a criança a ler cartazes e revistas infantis.

Como pais devem encontrar o momento e o tempo certo para falar com as crianças sobre todos os temas: durante um passeio, de um encontro familiar importante, etc. Aproveite para falar com calma com o seu filho. Primeiro é necessário que oiça a criança para perceber como está organizada a sua cabeça. É muito importante que deixe a criança falar, explicar e fazer perguntas. Só depois é que você vai intervir fazendo perguntas ou observações para ver como é que o seu filho é capaz de argumentar.

Se existe alguma coisa que caracteriza as crianças quando começam a descobrir o mundo é a sua capacidade para formular perguntas sobre tudo o que está ao seu redor. Quando o seu filho o faz não dê resposta a todas as perguntas. Deixe que seja ele mesmo a encontrar as respostas. Obviamente que existem perguntas às quais tem de responder: Posso ir brincar com o Luís? O que é que é o jantar? etc. Desta maneira, vai fazer com que a criança passe a reflectir bem antes de fazer uma pergunta. Você pode orientar o seu filho, no entanto, é melhor que ele encontre, com a sua ajuda se necessário, a resposta certa para algo. Por exemplo, faça-lhe as seguintes perguntes: Como é que achas que podemos cortar isto? Como é que tu farias?

Para aprender a pensar de forma racional e melhorar capacidades como o raciocínio ou a tomada de decisões é importante que pensem de forma convencional. Envolva o seu filho em alguns assuntos de adultos (onde colocar o sofá, que compras fazer, etc.). Não exclua as crianças com a desculpa de que o tema não interessa. Se contar com o seu filho para alguma situação ele vai sentir-se importante. Da mesma maneira, não despreze as suas ideias mesmo que lhe parecem absurdas. Procure o lado positivo e incentive as crianças a continuar.

Também é importante que as crianças aprendam a tomar decisões rapidamente. Logicamente que tem de ter em conta a idade da criança já que a um bebé com dois anos não poderá perguntar que roupa quer comprar ou como é que quer ir vestido. Devemos ajudar as crianças a tomar decisões que se adaptem às suas possibilidades.

No entanto, não deve carregar o seu filho com responsabilidades que não pode assumir. Comece por perguntar-lhe o que é que quer comer ao pequeno-almoço, que camisola quer, com quem quer jogar, etc. O importante é que faça perguntas às crianças às quais elas possam responder. Deve sempre ter em conta que uma vez que pediu ao seu filho para tomar uma decisão deve levá-la em frente, mesmo que você não esteja totalmente de acordo.

A opinião da criança também conta

- Aproveite as refeições em família ou as viagens no carro para fazer perguntas e falar sobre alguns temas. Evidentemente que não é preciso abrir um debate sobre politica, simplesmente pense em algum tema que poderá interessar ao seu filho e com o qual poderá fazer a criança pensar. Comece por colocar perguntas simples e que consigam responder sem grande problema: Sabes porque é que vamos a praia no Verão? Sabes porque é que não podemos deixar uma torneira aberta o dia todo?, etc.

- Seja qual for a sua opinião, esteja ou não de acordo, puxe pela criança para que esta argumente o seu ponto de vista da melhor maneira possível: Não achas que se houvesse mais animais no Jardim Zoológico nós podíamos conhecer mais espécies?

- Procure não pressionar o seu filho. A criança deve sentir-se livre para poder expressar as suas ideias e a sua postura.

-Não se esqueça de elogiar o seu filho se este tiver boas ideias ‘’Muito bem pensado, tens razão!’’.

Apenas quando as crianças são capazes de raciocinar por si mesmas é que estão preparadas para enfrentarem o mundo. Por isso, é fundamental que dominem o pensamento prático, que sejam capazes de tomar decisões e que possam manifestar a sua opinião livremente.




 


Fecha de actualización: 28-08-2009

Redacción: Irene García

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