Acidentes com crianças. Tenha cuidado!

A ignorância do perigo, a curiosidade, o grande impulso de autonomia e o alto grau de actividade são factores que explicam o grande número de acidentes em crianças.
O tipo de acidentes varia segundo a idade:
- Em menores de um ano, os acidentes mais frequentes são as queimaduras e os estrangulamentos.
- Em maiores de um ano, são os traumatismos e as intoxicações. Nesta idade as crianças são muito curiosas, querem investigar e explorar, tudo o que pegam levam à boca. São atraídas pelos objectos que sobressaem. Iniciam a deambulação: gatinham, caminham e trepam. São ainda atraídas por fios eléctricos e tomadas de corrente e, por isso, exploram-nas.
- Aos 3 anos a criança já é muito autónoma e os adultos acreditam que podem dar-lhe responsabilidades que não está em condições de cumprir. Esta confusão é um factor de risco, já que as crianças não sabem reconhecer os perigos.
- Aos 4 e 5 anos de idade as crianças têm uma grande curiosidade por máquinas e aparelhos que as atraem e entretêm. Podem mudar subitamente a atenção de um jogo seguro para outro perigoso ou esquecer as habilidades adquiridas de controlo e auto-cuidado. Desenvolvem grande confiança em si mesmas, o que as impulsa até situações perigosas pela sua inexperiência; não sabem reagir perante o perigo ou podem fazer o contrário ao conveniente (esconderem-se na sua cama durante um incêndio); entusiasmam-se com as brincadeiras e descuidam-se (atravessam a estrada atrás de uma bola sem olharem para ver se vem algum carro).
- Se tivermos em conta o sexo, os acidentes ocorrem 2,5 vezes mais nos meninos do que nas meninas.
Como prevenir os acidentes infantis
As medidas de prevenção não são custosas. Requerem sim educação, constância, responsabilidade, participação e compromisso dos pais e de toda a comunidade.
Durante o primeiro ano de vida os acidentes infantis mais frequentes são as quedas e as queimaduras. Nesta etapa, alguns conselhos são:
- Na hora de trocar o bebé é importante ter todos os elementos à mão para evitar virar as costas à criança enquanto procura algo.
- Não deixe a criança em superfícies elevadas, pois poder mexer-se e cair.
- Não deixe objectos cortantes e pontiagudos ao alcance do seu filho.
- Não mexa em líquidos quentes enquanto tem a criança nos braços.
Já no segundo ano de vida, os acidentes infantis podem ocorrer como resultado do interesse que os objectos despertam nas crianças. O pequeno já caminha com soltura e qualquer momento de despiste pode terminar num acidente. Nesta etapa os conselhos são:
- Colocar fora do alcance das crianças objectos pequenos, como moedas, botões, etc.
- Na cozinha. Não deixe as pegas dos tachos e panelas e os pratos ao alcance das crianças.
- Colocar nos armários mais altos os medicamentos, os artigos de limpeza, etc.
- Cobrir as tomadas e as esquinas.
Tanto no terceiro como no quarto ano de vida da criança os acidentes mais comuns são as quedas, as intoxicações, as mordidelas e os afogamentos:
- Não deixe a criança sozinha.
- Controle as suas subidas a lugares elevados para evitar quedas.
- Coloque fechos de segurança nas janelas.
- Prevenir as mordidelas de animais, não deixando as crianças com os cães e evitar o contacto com animais desconhecidos.
Quase todas estas medidas devem continuar nas seguintes etapas de vida dos pequenos, até que estes sejam bem maiores.
Cuidado com as piscinas
As estatísticas deixam-no bem claro: a maioria dos acidentes infantis produzem-se nas piscinas privadas, já que ao serem mais pequenas e de uso particular não contam com nadadores-salvadores. Dessa forma, também se corre o risco de as crianças sofrerem acidentes em sítios onde se armazena água, como tanques, banheiras, baldes, etc., apesar da pouca profundidade.
Para aumentar a precaução nas zonas do Banho deve ter em conta vários factores:
- Não deixe a criança sozinha. Está demonstrado que os acidentes podem ocorrer enquanto as crianças brincam perto das piscinas sem terem a vigilância de um adulto. Há que procurar que a criança nunca fique fora do seu campo visual enquanto estão dentro ou apenas perto da água.
- Evite as brincadeiras perigosas. Afogamentos por perdas de conhecimento, lesões cervicais e fracturas são as lesões mais frequentes. Eduque os seus filhos para que não brinquem aos saltos para a água, a ver quem aguenta mais sem respirar debaixo de água, tudo isso são brincadeiras perigosas que podem acabar mal.
- Tenha a piscina vedada. É a forma mais segura de evitar acidentes quando não há um adulto por perto. Recomenda-se que a vedação seja alta e com um fecho de segurança na entrada, para que as crianças não consigam entrar na sua ausência.
- Ensine os seus filhos a nadar o mais cedo possível. Se o fizer o seu filho estará a salvo de muitos riscos. Uma vez que ensina o seu filho a nadar, mostre-lhe os riscos e os perigos que se podem sofrer a nadar. A criança não tem de ter medo da água, mas sim respeito.
- Banhos curtos. As crianças com menos de um ano arrefecem rapidamente, pelo que não devem estar na água mais do que 10 minutos. Se a temperatura ambiente não é muito alta o melhor é que não entrem na água.
- Paragem de digestão. Os efeitos de uma má digestão, se se está dentro de água, podem fazer com que se perca o controlo e não sejamos capazes de nadar, sobretudo as crianças.
- Respeite as bandeiras e conselhos dos socorristas. Lembre-se que a vermelha proíbe a entrada na água e que a amarela indica precaução.
- Adopte precauções no uso de flutuadores e colchões. Ao comprar estes artigos para água, assegure-se de que cumprem as condições mínimas de segurança, que estão homologados pela EU e que estão correctamente cheios e fechados quando se usam. Para além disso, não confie no que a criança leva e não se esqueça de vigiá-la, as bóias podem esvaziar-se ou as crianças podem virar-se.
- Não abuse em lugares que não conhece a profundidade. Nas piscinas é necessária a precaução ao lançar-se de uma prancha para evitar as lesões nas costas e na cervical. Advirta as crianças para que não se atirem de cabeça nas zonas baixas da piscina.
Fecha de actualización: 22-09-2009
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